Ficha de filiação no PV
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- Situada no noroeste da África, na região do deserto do Saara, a Mauritânia é o país mais vulnerável do mundo à crise de água. Pelo menos 90% de todo o estado é dependente do abastecimento de água externo. Com apenas um rio em seu território para provisão durante todo o ano, o país é quase inteiramente seco. O rio que o atravessa, o Senegal, faz ainda fronteira com outros quatro países e tem suas margens constantemente invadidas por tribos africanas.
O crescimento populacional, estimado em 3% ao ano, aumenta mais ainda a demanda por água, bem como os riscos de poluição deste recurso natural. Em 2005, estima-se que o governo da Mauritânia gastou cerca de 15 milhões de dólares para o tratamento de doenças de transmissão hídrica. A desertificação acelerada combinada à redução das chuvas e a falta de uma rede de distribuição de água agravam o quadro de escassez de água no país, classificado pela Maplecroft como de “risco extremo”.
- O pequeno país do Oriente Médio e rei do petróleo corre “risco extremo” de desabastecimento de água, segundo o relatório da Maplecroft. Rodeado pelo deserto, o Kuwait é considerado o país mais seco do mundo e o único onde não existe água doce. Não há, ao longo de seus 18 mil km² de território, nenhuma reserva, rios ou lagos, nem mesmo aquíferos subterrâneos de água doce.
Aproximadamente 75% de toda a água potável consumida no país precisa ser dessalinizada ou importada. Essa é uma questão estratégica devido às altas temperatura da região, à falta de chuva e à deteriorização do solo para cultivo. A escassez de água doce é, inclusive, o principal entrave para o desenvolvimento da agricultura no país.
- A insuficiência de recursos hídricos neste país desértico e de temperaturas elevadas no Oriente Médio é crítica. Em algumas regiões, o abastecimento de água acontece apenas uma vez por semana. Os reservatórios existentes são explorados de maneira tão intensa a ponto de ameaçar o fornecimento no longo prazo para os cerca de 6 milhões de habitantes e os setores de agricultura, industria.
A geografia de planalto e bastante acidentada do país dificulta o abastecimento.
Um dos principais problemas alí é o bombeamento da água do Vale do Jordão, localizado abaixo do nível do mar até às cidades, a mais de mil metros de altitude. Boa parte do sistema está obsoleto, o que prejudica o desempenho e força o consumo de energia do país. O uso das água do Jordão também é dificultado pelo fato de se tratar de uma fonte fronteiriça e motivo de atrito entre Israel e Jordânia. O rio fornece entre 25% e 30% da água de Israel e 75% da água da Jordânia.
- Verões rigorosos, demanda crescente e aumento constante das tarifas tornam a situação do abastecimento de água no Egito bastante complicada. Faltam sistemas de saneamento em larga escala e menos de 15% da população conta com esgoto tratado.
Durante o verão de 2008, muitos pessoas chegaram a beber água diretamente do próprio Nilo, o que causou uma série de infecções.
Em muitos casos, nas áreas rurais onde não há canalização, os dejetos ficam a céu aberto, contaminando o solo e consequentemente os escassos lençóis freáticos. O acesso ao Rio Nilo, sem o qual o Egito seria um mero deserto, também está cada vez mais disputado por outros países, como Uganda, Etiópia, Ruanda e Tanzânia. A totalidade da população egípcia, estimada em 80 milhões de habitantes, retira do Nilo 90% de seus recursos hídricos.
São Paulo – Em Israel, como em todo o Oriente Médio, água é assunto político. O estado ocupa o vale do Rio Jordão há mais de quatro décadas e não concede acesso à suas margens pelos palestinos, detendo o fornecimento. Estima-se que o estado judeu destina 80% da água do rio para suprir o próprio consumo e 20% para os palestinos.
Durante o verão de 2008, Israel enfrentou sua pior crise de abastecimento de água. Para contornar a situação, o país teve que cavar poços artesianos que estavam reservados para serem usados apenas dois anos depois. O fornecimento de água na região é feito pelo processo de dessalinização, que recebe, anualmente, investimentos vultosos.
São Paulo – A crise de abastecimento na Nigéria não se dá pela falta de água, já que o país possui reservas, lagos e rios em abundância, mas pela falta de sistemas adequados de tratamento e purificação. Apenas 9% dos nigerianos têm acesso à esgoto tratado e saneamento. Tanto que doenças ligadas à água estão entre as principais causas de morte no país.
Quarto país na lista de “riscos extremos”, a Nigéria é 90% dependente do abastecimento de água externa e passa por uma crise humanitária causada, em grande medida, pela seca que atingiu o país no ano passado, e também pelos prejuízos nas colheitas.
São Paulo – O acesso à água no Iraque, um dos piores do mundo, soma-se a outros problemas que assolam a população local, como a violência sectária e os conflitos políticos. Anos de guerra afetaram profundamente a fragilizada infraestrutura hídrica do país, o que tem desencadeado tensões armadas e deslocamentos populacionais, aumentando ainda mais a pressão sobre este recurso natural.
A poluição é outra ameaça ao abastecimento de água potável que deixa milhões de iraquianos em perigo. Além disso, os rios Tigre e Eufrates estão lentamente diminuindo e, em algumas localidades, já não conseguem fornecer água em quantidade suficiente.
São Paulo – A incerteza paira sobre os recursos hídricos deste pequeno país árabe. Secas constantes e um número limitado de chuvas ajudam a aumentar as pressões sobre o fornecimento de água para uso agrícola e também doméstico.
O solo de Oman está cada vez mais salinizado pela exploração desenfreada e mal coordenada das reservas subterrâneas de água doce, o que muitas vezes permite a invasão de água salgada no lençol freático das planícies costeiras.
São Paulo – A escassez de água é uma das questões que mais tem determinado as opções tecnológicas dos Emirados Árabes, confederação no Golfo Pérsico formada por Abu Dhabi, Dubai, Sharjah, Ajman, Umm al-Quwain, Ras al-Khaimah e Fujairah. O clima do país é árido, com temperaturas muito elevadas no verão.
Para driblar este cenário nada favorável, os Emirados têm investido em unidades de dessalinização da água do mar. Só Dubai deverá investir cerca de 20 milhões de dólares neste sistema nos próximos sete anos. Até 2025, etima-se que será necessário investir 200 milhões de dólares em programas de infraestrutura e de tratamento de esgoto.
São Paulo – O acesso à água potável é um desafio diário para a população da Síria. Em muitas regiões do norte do país, a água da chuva é coletada e carregada por burros até as cidadezinhas que sofrem com a escassez do recurso.
A maior parte da água é usada na agricultura, que exige um sistema de intenso de irrigação, enquanto apenas 9% da água destina-se ao suprimento das demandas domésticas.
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