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#Poder_de_mobilização
Após a Justiça federal autorizar, via liminar, o aumento de 11,6% nas tarifas da praça de pedágio local, negado pelo governo do Estado no final do ano, a comunidade regional, especialmente a farroupilhense, fez um protesto no Twitter na última sexta. A mobilização, no entanto, iniciou na quinta à noite e se estendeu pela madrugada de sexta, através dos perfis de @NovaMilano, @Mendigo_Lamb, @GincanaDaDepre e @Forqueta e também pelo Facebook.
Imagens: Reprodução
Nos TT’s: #gatovias liderando no Brasil e em 10º no mundo no microblog
A indignação e revolta dos usuários da rodovia com o reajuste pôde ser medido pela repercussão obtida pelo movimento. Utilizando a hashtag (#) seguida das palavras gatovias, o assunto já havia ingressado na lista dos mais comentados do microblog na sexta pela manhã, figurando em 2º no Trending Topics (TT’s) Brasil. À tarde, no tuitaço iniciado às 16h30min, alcançou em menos de uma hora a liderança dos TT’s do País e ainda ingressou no Top 10 dos TT’s Mundo, fato que surpreendeu os organizadores.
“Tínhamos a meta de chegar ao topo dos Trend Topics Brasil, mas atingir à 10ª posição nos TT’s mundiais foi uma surpresa”, revelou @NovaMilano. Para o titular da conta, há muito tempo a população está insatisfeita com a situação pelo alto valor cobrado por uma pouca distância a ser percorrida. “Só levamos o assunto à internet. Depois o pessoal fez o trabalho de dar visibilidade a ele. A mobilização pode parecer simples e inofensiva, mas as mídias sociais estão sendo o local de encontro e organização de movimentos fortes o suficiente para a derrubada até de ditaduras”, observa @NovaMilano, fazendo alusão às quedas dos regimes de Zine Ben Ali, na Tunísia, Hosni Mubarak no Egito e à deposição de Muamar Kadafi no Líbano.
Diretor-presidente da Associação Gaúcha de Concessionárias de Rodovias (AGCR), Egon Schunck destacou que há dois anos a tarifa não era reajustada e que o novo valor não constitui um aumento, mas tão somente a reposição da inflação verificada no período. Ressaltou ainda que o pleito das concessionárias era justo pelo fato da decisão da Justiça ter sido concedida de forma liminar.
“Tivemos uma série de aumentos com os insumos derivados do petróleo, por exemplo, que são muito utilizados no reparo das rodovias. Essa alteração de valor está prevista em contrato”, explicou. Ele não vê prejuízos para a empresa por conta da ressonância da questão na rede social. “É livre o direito de manifestação do usuário. Respeitamos as opiniões, embora discordamos delas, que são emitidas sem um conhecimento de todo o contexto. Em todos os setores há reajuste e compensação inflacionária”, ponderou Egon.
A Procuradoria Geral do Estado (PGE) está recorrendo da decisão e o secretário de Infraestrutura e Logística, Beto Albuquerque, reforçou em seu Twitter que um novo modelo substituirá o atual no próximo ano e que a praça de pedágio da cidade será extinta.
Secretário geral da Associação dos Usuários de Rodovias Concedidas da Serra (Assurcon/Serra), Agenor Basso tem dúvidas a respeito do posicionamento do governo do Estado. Ele ressaltou que ao longo do ano a entidade tentou diversas reuniões com o governador Tarso Genro, mas que a Assurcon/Serra acabou ignorada.
“Achamos válida a iniciativa da sociedade de protestar em uma rede social. Isso representa a indignação da população com a questão pedágio, que nasceu equivocada e, ao longo dos governos, só piorou. Esse reajuste nada mais é do que a ganância das concessionárias em arrecadar mais e mais”, avaliou Basso.
O impacto das redes sociais
Fonte: Jornal o Farroupilha 20 de Janeiro de 2012
Manifestações sobre o aumento dos pedágios foi destaque no Twitter e chegou a repercutir na mídia nacional
Dieverson Colombo
As redes sociais cada vez mais vêm mostrando sua força. Para se ter uma ideia, em 2011 a campanha “Pele Mania”, da empresa de calçados e acessórios Arezzo, foi retirada das lojas devido à tamanha indignação dos usuários de redes sociais pela coleção ser feita com pele de animais. Na última sexta, dia 13, foi a vez de Farroupilha ganhar destaque na rede. Após a Justiça definir o aumento do preço do pedágio, moradores da região iniciaram uma campanha no Twitter, visando usar a tag #gatovias (veja box) a cada nova publicação.
O que era para ser uma simples indignação da população de Farroupilha e Caxias do Sul acabou indo parar nos TT’S mundiais, em que aparecem os 10 assuntos mais comentados do momento. Os administradores das contas de Nova Milano e Forqueta foram os grandes responsáveis pela mobilização. Foi o momento de maior repercussão para os jovens, que aproveitam a rede social para dar visibilidade a assuntos com envolvimento de suas comunidades, tratados sempre com bom humor.
Criar uma conta na internet para dar voz às reclamações do bairro, das histórias engraçadas, das notícias e do cotidiano. Este é o objetivo da conta de Forqueta, criada há aproximadamente um ano. O administrador, que prefere não se identificar, pois acredita que se sentirá mais livre para falar sobre qualquer assunto, credita o sucesso do Twitter de Forqueta ao uso de uma linguagem próxima dos moradores da Serra Gaúcha. “Independente se a pessoa mora em Caxias, Farroupilha ou Bento, temos em comum o descender de italianos, e isso é marcante em todas essas comunidades. Sendo assim, usando essa ‘linguagem universal da Serra’ conseguimos unir humor e utilidade pública, o que criou uma ligação com nossos seguidores”.
Por ser morador da Forqueta, ele tem a vida diária influenciada pelo desvio. “Não esperava entrar nos TT’s, mas o que eu queria mesmo era chamar atenção para isso, esse pedágio que divide Farroupilha e Caxias cobrar um valor tão absurdo. Se o valor fosse algo em torno de R$ 2,00, aposto que 80% não desviaria mais”.
O forquetense acredita que as redes sociais podem ser muito úteis. “Certa vez no ano passado uma rua do bairro havia sido desmanchada para arrumar o esgoto. A empresa fez o serviço, porém a rua foi devolvida a comunidade em um estado muito pior que estava. Então twittei para a Samae (Serviço Municipal de Água e Esgoto de Caxias do Sul) sobre a situação e na mesma semana a rua foi consertada”. Pensando também em entreter a população na internet com a cultura “nova milanesa”, foi criada a conta de Nova Milano. O administrador, que também prefere não se identificar, acredita que a combinação humor/crítica e a grande interação entre as pessoas fazem as redes sociais ter sucesso. “É um desafio. Estamos no ar por um ano, temos que inovar e pensar em coisas diferentes a cada twittada. O perfil foi amadurecendo com o tempo e, no geral, as pessoas vem se identificando ou gostando das brincadeiras”.
O administrador da conta de Nova Milano explica que tinha a ideia de alcançar os TT’s Brasil usando a tag falando do aumento do pedágio. “Passamos a noite anterior fazendo alguns contatos com pessoas que conhecemos e foram importantes para que o movimento chegasse aonde chegou”. Ele ressalta que as redes sociais são o primeiro passo para movimentos que derrubam ditaduras de décadas, como ocorreu nos países árabes. “Lemos comentários do tipo ‘Ficar twittando é fácil, se querem fazer algo mesmo, levantem e vão até lá’, porém as notícias mostram o atual poder destas mídias sociais”. O administrador diz ainda que não é um tweet que fará o pedágio deixar de existir. Mas a ideia é mostrar que o povo em geral está de olho nas medidas que são tomadas.
Juntamente com a ajuda de amigos, está sendo montado um projeto considerado ambicioso por eles. O site New Milan Times (junção ao New York Times, jornal de maior circulação do mundo e Nova Milano). O site não tem data de estreia e segundo os administradores, não será uma cópia do famoso “O Bairrista”, mas é uma das inspirações dos organizadores. “O projeto é um pouco maior que apenas notícias inventadas. Manteremos nele a fórmula que vem dando certo até agora: humor + informação”. Eles aproveitam para agradecer àqueles que dedicaram um pouco de seu tempo ao movimento da tag #gatovias. “Se não tivesse o apoio em quem deu uma paradinha no que estava fazendo para twittar, não teria alcançado os Trend Topics (assuntos mais comentados) e o G1, por exemplo”.
Tag é um assunto colocado depois do sinal #. É a simplificação de hastag, que em português significa etiqueta.
As tags mais comentadas do país e do mundo aparecem no canto da tela de cada usuário. São os TT’s.
1 Comentário(s)
Não existe, atualmente,
mecanismo mais adequado
para dar ressonância aos anseios da sociedade
do que as redes sociais. “Jornal Informante”
O impacto das redes sociais
… o momento de maior repercussão para os jovens,
que aproveitam a rede social para dar visibilidade
a assuntos com envolvimento de suas comunidade…
… a ideia é mostrar que o povo em geral
está de olho nas medidas que são tomadas…
“Jornal O Farroupilha”
#gatovias e etc… “Neles, todos”