Qual a profissão e há quanto tempo estão por aí os nossos atuais políticos?

Sexta Feira, 13 de Janeiro de 2012 Glacir Gomes *

* Presidente do Partido Verde de Farroupilha

O resumo da matemática da manutenção do poder e a busca de cargos & salários.

A “redução da máquina administrativa” não é somente reduzir 70% dos CCs, isso é moralizar o serviço público, bem como, valorizar os funcionários concursados é gestão administrativa moderna.

O atual PMDB tem muito pouco do antigo MDB e é o partido mais competente na história deste País, ao transformar a política em profissão.

Uma de nossas principais propostas é de que o município de Farroupilha só poderá ter como secretários de Administração funcionários concursados.
Queremos dar fim aos candidatos que se elegem para o Legislativo (vereadores), para depois se beneficiarem do Executivo (cargos de 1º escalão) com altos salários. Os (650) professores do município irão fazer uma votação facultativa, onde escolherão os 10 professores que gostariam de ter como Secretário(a) de Educação. Dos 10 mais votados sairá, por escolha do prefeito, o Secretário(a) de Educação.
Igualmente o secretário de Obras e demais secretários serão escolhidos, entre eles, os três mais qualificados para a função, dos quais o prefeito irá escolher cada um para a função específica. Os cargos de confiança da Administração serão do 2º escalão para baixo.
Esta é uma proposta inovadora, democrática e que acabará com este faz de conta que os políticos tradicionais defendem. Correligionários se candidatam a vereador, viram secretários passam a ganhar mais de R$ 7,5 mil por mês e, por fim, colocam seus suplentes na Câmara de Vereadores, para dizer amém a tudo que vossa majestade, o prefeito, quer. E, próximo ás eleições, voltam para a campanha de onde nunca saíram e o ciclo se perpetua.

Pouco se comenta sobres os “CCs indiretos” que a atual administração possui, como no Pró-Saúde, por exemplo.

Porque defendem a livre democracia e convivem com todas as “Caixas Pretas” desta administração: 11 anos PMdB e 7 Anos PP. (juntamente com as demais siglas de arranjo).
Gastam tanto em publicidade, mas não divulgam: quantos são e quanto custa os CCs? Quem são, quantos são, quanto ganham e de que partido são todos da diretoria e os funcionários das “entidades” ligadas à Saúde? A administração não tem gerência sobre estas “entidades”?
Quando na história desta cidade um prefeito e seus secretários dispõem de tanto de tempo na mídia para mostrar a administração para “nossa gente”? Às vezes três vezes por dia na mesma mídia.

Quando esta administração vai começar a explicar onde são gastos todos os meses os R$ 10 milhões que a administração recebe e escolhe onde gastar? (e que daria para comprar, todo mês, 333 carros de R$ 30 mil).

O poder público tem a obrigação de informar e esclarecer; por exemplo, a obra de maior visibilidade desta administração. Que antes era a Praça da Matriz, e que por enquanto e durante muito tempo será: os jardins da Praça da Igreja. Precisava cortar “todas” as árvores? Onde está a sombra, fora a da Igreja, do Solar da Matriz e do HBSC? Onde está a irrigação? Onde está o planejamento de execução, que após pronto coloca cobertura do ponto de ônibus em cima dos canteiros? Como explicar o alagamento dos banheiros? Onde e no que foram gastos R$ 700 mil?

O Partido Verde (PV) de Farroupilha, fundado em março de 2011, está mostrando a realidade política “nunca antes” mostrada nesta cidade, poderia esperar que outro tipo de comentário dos cidadãos que exercem cargos de confiança? É óbvio que alguém que não fez concurso para ser funcionário público quer se manter a todo custo agarrado ao seu cargo e salário, além de cerrar forças para que sua coligação ou “partido de arranjo” se mantenha no poder, para não perder o “cargo”.

Atentem para esta frase, de autoria do ex-governador, o bancário Olívio Dutra: “política não é profissão, mas uma missão transitória que deve ser assumida com responsabilidade”.

Por Glacir Gomes | Imprensa, Política | 16 de janeiro de 2012